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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Aborto


Aborto:

(autor: paulinfantem) 

A vida embrionária é constituída por uma parte do pai e outra da mãe; quando a mãe destrói a parte do pai também destrói a sua. Na gravidez indesejada, principalmente por estupro, é como alguém que tendo a perna afundada na lama decidisse cortá-la para se livrar, ficaria livre mas teria perdido uma parte de si mesmo. Posso imaginar o Rei Salomão resolvendo esta questão: -Mãe, deixa a criança nascer e depois você mesma faz a separação da parte indesejada, preservando a sua... Toma, leva este facão... 

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Felicidade


Felicidade

(autor: paulinfantem)

Por que o ser humano sempre deseja mais do que pode conseguir? Não seria mais simples se reconhecêssemos as nossas próprias limitações? A felicidade como o ser humano imagina não existe, o que há são momentos felizes. No balanço da vida diz-se que se foi feliz quando predominaram os momentos felizes. O verdadeiro segredo da felicidade é o contentamento. Quem não aprende a se satisfazer com o que tem jamais será feliz.

Felicidade


Felicidade


(autor: paulinfantem)


Felicidade é ser o rico na terra e o Lázaro no céu. Felicidade é Deus ser por nós. Felicidade é contentarmos com o que temos. Felicidade é dar e receber afeto. Felicidade é ser aceito. Felicidade é um estado de espírito. Felicidade não se compra, se sente. Felicidade total e permanente não existe, o que acontece são momentos felizes. Há pessoas que não têm disposição para a felicidade, outras no seu lugar seriam extremamente felizes.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A Visão do Oficial da Marinha


A Visão do Oficial da Marinha

Foi tudo muito rápido. O Oficial bem-sucedido sentiu uma pontada no peito, vacilou, cambaleou. Deu um gemido e apagou. Quando voltou a abrir os olhos, viu-se diante de um imenso Portal.

Ainda meio zonzo, atravessou-o e viu uma miríade de pessoas. Todas vestindo cândidos camisolões e caminhando despreocupadas. Sem entender bem o que estava acontecendo, o Capitão-de-Mar- e-Guerra bem pontuado
abordou um dos passantes:

- Enfermeiro, eu preciso voltar urgente para bordo, porque tenho que dar o pronto ao Almirante de uma faina importantíssima. Aliás, acho
que fui trazido para cá por engano, porque eu pago UNIMED, e isto aqui está me parecendo mais o Marcílio Dias. Onde é que nós estamos?

- No céu. 

- No céu?... 

- É. 

- Tipo assim... o céu, CÉU...! Aquele com querubins voando e coisas do gênero? 

- Certamente. Aqui todos vivemos em estado de gozo permanente. 

Apesar das óbvias evidências (nenhuma poluição, todo mundo sorrindo, ninguém usando telefone celular), O CMG custou um pouco a admitir que havia mesmo recebido e cumprido a ORDMOV divina.

Tentou então o plano B: convencer o interlocutor, por meio das infalíveis técnicas avançadas de negociação, de que aquela situação era inaceitável. Porque, ponderou, dali a uma semana ela iria ser indicado para uma permanente além de estar fortemente cotado para entrar na lista de escolha.

E foi aí que o interlocutor sugeriu: 

- Talvez seja melhor você conversar com Pedro, o síndico. 
- É? E como é que eu marco uma audiência? Ele tem Assistente?
- Não, não. Basta estalar os dedos e ele aparece.
- Assim? (...)

- Pois não? 

O OFMARA  bem-pontuado quase desaba da nuvem. À sua frente, imponente, segurando uma chave que mais parecia um martelo, estava o próprio Pedro.

Mas, o nosso comandante havia cursado o C-PEM estando pronto para situações inesperadas e reagiu rapidinho:

- Bom dia. Muito prazer. Belas sandálias. Eu sou um CEM bem pontuado e... 

- CEM?... Que palavra estranha. De que século você veio? 

- Do 21. O distinto vai me dizer que não conhece o termo Chefe do Estado-Maior? 

- Já ouvi falar. Mas não é do meu tempo. 

Foi então que nosso comandante bem pontuado teve um insight. A máxima autoridade ali no paraíso aparentava ser um zero à esquerda em modernas técnicas de gestão empresarial. Logo, com seu brilhante currículo naval, o brioso Oficial poderia rapidamente assumir um cargo, por assim dizer, celestial ali na organização.

- Sabe, meu caro Pedro. Se você me permite, eu gostaria de lhe fazer uma proposta. Basta olhar para esse povo todo aí, só batendo papo e andando a toa, para perceber que aqui no Paraíso há enormes oportunidades para dar um upgrade na produtividade sistêmica.

- É mesmo? 

- Pode acreditar, porque tenho Mestrado em Ciências Navais (não para o que serve) com MBA da COPPEAD. Por exemplo, não vejo ninguém usando crachá. Como é que a gente sabe quem é quem aqui, e quem faz o quê? e
como anda a segurança orgânica da OM, quero dizer, do céu/

- Ah, não sabemos. 

- Entendeu o meu ponto? Sem controle, há dispersão. E dispersão gera desmotivação. Com o tempo isto aqui vai acabar virando uma anarquia.
Mas nós dois podemos consertar tudo isso rapidinho, implementando um simples programa de adestramento e logo após o programa Netuno.

- Que interessante. .. 

- É claro que, antes de tudo, precisaríamos de uma hierarquização e uma Tabela Mestra, nada que uma grande Parada e um GT de avaliação de perfis psicológicos não consigam resolver.

- !!!...???... . 

- Aí, contratamos meia dúzia de TTC para nos ajudar a definir as estratégias operacionais e estabeleceríamos algumas comissões de inspeção administrativas, maximizando, dessa forma, o cumprimento das ORDEUS (orientações de Deus)

- Ótimo. O passo seguinte seria fazer um expediente pedindo para aumentar a TL, arrumar uns micros ligados no Sigdem, redigir normas e procedimentos, definir o propósito, investir num Plano Básico para A+2 e em reuniões de Caixa de alto valor agregado. O mercado telestérico, por exemplo, me parece extremamente atrativo.

- Incrível! 

- É óbvio que, para conseguir tudo isso, nós dois teremos que nomear um GT de altíssimo nível. Com missão, tarefa e propósito atraente, é claro. Coisa assim de 30 subgrupos com várias diárias e ajudas de custo. Porque, agora falando de colega para colega, tenho certeza de que você vai concordar comigo, Pedro. O desafio que temos pela frente envolve todos os ODS.

- Impressionante! 

- Isso significa que podemos partir para a implementação? 

- Não. Significa que você terá um futuro brilhante... se for trabalhar  com o nosso concorrente. Porque você acaba de descrever, exatamente, como funciona o Inferno.

Adaptado de Max Gehringer para a MB
(Revista Exame)